Partindo da sua experiência enquanto b-boy e bailarino de hip-hop e dança contemporânea, Benoît Nieto Duran procura uma nova geometria natural, como uma matéria em bruto a moldar. Ao desconstruir os gestos do break-dance, apresenta – como Proteu – uma batalha (battle) solitária onde inversões, proporções e contorções rastreiam a fissura entre fealdade e beleza.
O seu novo solo, Proteïforme, questiona a expressão da fealdade, mais ligada à individualidade, em contraponto com a ideia de beleza, que seria, em essência, a busca por um ideal. A proposta é tomar o movimento bruto como ponto de partida.
Durante a residência artística no Festival Materiais Diversos (29 set. – 8 out.), Benoît pretende relançar um processo criativo centrado na precisão da escrita coreográfica, mergulhar nos vários estados do corpo já presentes no seu solo e desenvolver novos. No âmbito da residência, realizará uma oficina para os alunos avançados no Estúdio de Dança de Alcanena.
Protéïforme
Benoît Nieto Duran
Benoît Nieto Duran treinou break-dance desde cedo, integrando o grupo OPB em 2006, com o qual representou a Bélgica por todo o mundo em competições (batalhas). Após ganhar várias distinções coletivas e individuais, como o prémio de melhor b-boy belga em 2011, interessou-se por arte e dança contemporânea, o que o levou a desenvolver um método de trabalho e pesquisa de movimento atípico caracterizado por um estilo “animal”. Nos últimos anos, tem levado a cabo uma pesquisa pessoal sobre a geometria natural do seu corpo e as suas capacidades físicas e criativas, para encontrar posturas novas, e dissecado meticulosamente os caminhos que o corpo tem de percorrer para chegar a ou abandonar uma postura.
Benoît trabalhou com muitos artistas e companhias e tende para parcerias e cruzamento de universos artísticos. Entre muitos outros, colaborou com a Ópera Real de Valónia, a companhia Okus Lab, sob a direção coreográfica de Gianni Santucci, e o coreógrafo e intérprete Nino Patuano. Atualmente, colabora como intérprete e olhar exterior com a companhia Abis, dirigida por Julien Carlier, e trabalha como intérprete em Tender Men, sob a direção de Koen De Preter.
Em 2019, criou a companhia de dança Manima.
Benoît trabalhou com muitos artistas e companhias e tende para parcerias e cruzamento de universos artísticos. Entre muitos outros, colaborou com a Ópera Real de Valónia, a companhia Okus Lab, sob a direção coreográfica de Gianni Santucci, e o coreógrafo e intérprete Nino Patuano. Atualmente, colabora como intérprete e olhar exterior com a companhia Abis, dirigida por Julien Carlier, e trabalha como intérprete em Tender Men, sob a direção de Koen De Preter.
Em 2019, criou a companhia de dança Manima.
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